R. Radcliffe-Brown. The Social Organization of Australian Tribes, 1930.
segunda-feira, 21 de maio de 2012 | 14:49 | 0 Comentários
O livro, que menciona todos os aborígines australianos conhecidos na época, reúne e analisa grande número de dados sobre parentesco, casamento, língua, costumes, ocupação e posse da terra, padrões sexuais e cosmologia. Explica o fenômeno social como um conjunto de sistemas permanentes de adaptação, fusão e integração de elementos.
“A preocupação central de Radcliffe-Brown em seu trabalho australiano foi com o sistema de parentesco e casamento, algo que ele não tratava com muita autoridade em seu estudo em Andaman. A concepção ortodoxa do tempo era que a divisão das tribos australianas em duas, quatro ou oito ‘classes’ constituía a base para a regulamentação do seu extremamente complicado sistema de casamento. Radcliffe-Brown decidiu que não era esse o caso e que os casamentos eram regidos, outrossim, pelo sistema australiano. Nos sistemas do tipo Kariera, o casamento é com uma mulher que se enquadre na categoria de ‘filha do irmão da mãe’. Nos sistemas de tipo Aranda, é com uma mulher na categoria de ‘filha da filha do irmão da mãe da mãe’. Radcliffe-Brown argumentou que isso se refletia na existência de duas ‘linhas de descendência’ nos sistemas Kariera, em contraste com as quatro dos sistemas Aranda” (KUPER, Adam. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro, F. Alves, 1978, Radcliffe-Brown, p. 61).
“A preocupação central de Radcliffe-Brown em seu trabalho australiano foi com o sistema de parentesco e casamento, algo que ele não tratava com muita autoridade em seu estudo em Andaman. A concepção ortodoxa do tempo era que a divisão das tribos australianas em duas, quatro ou oito ‘classes’ constituía a base para a regulamentação do seu extremamente complicado sistema de casamento. Radcliffe-Brown decidiu que não era esse o caso e que os casamentos eram regidos, outrossim, pelo sistema australiano. Nos sistemas do tipo Kariera, o casamento é com uma mulher que se enquadre na categoria de ‘filha do irmão da mãe’. Nos sistemas de tipo Aranda, é com uma mulher na categoria de ‘filha da filha do irmão da mãe da mãe’. Radcliffe-Brown argumentou que isso se refletia na existência de duas ‘linhas de descendência’ nos sistemas Kariera, em contraste com as quatro dos sistemas Aranda” (KUPER, Adam. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro, F. Alves, 1978, Radcliffe-Brown, p. 61).
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