MALINOWSKI, B. Argonauts of the Western Pacific, Londres, 1922.
segunda-feira, 21 de maio de 2012 | 14:43 | 0 Comentários
“Argonauts…, a primeira grande obra de Malinowski, continua sendo também a mais famosa. O livro foi prefaciado por Sir James Frazer, que não poupou elogios ao jovem polonês, claramente inconsciente de que, num sentido acadêmico, ele estava assinando sua própria sentença de morte. O volumoso livro é escrito com fluência. Ele nos conduz por uma análise vigorosamente concentrada e extremamente detalhada de uma única instituição entre os Trobriandeses, o sistema de comércio Kula, em que objetos de valor simbólico circulam por uma extensa área entre as ilhas da Melanésia. Malinowski descreve o planejamento de expedições, as rotas seguidas, os ritos e práticas a elas associados, e estuda as relações ente comércio Kula e outras instituições dessas ilhas, como liderança política, economia doméstica, parentesco e população social” (História da Antropologia capitulo três: Quatro pais fundadores, p. 56).
“Em Os Argonautas do Pacífico Ocidental, pela primeira vez, o social deixa de ser anedótico, curiosidade exótica, descrição moralizante ou coleção exaustiva erudita. Pois, é para alcançar o homem em todas as suas dimensões, é preciso dedicar-se à observação de fatos sociais aparentemente minúsculos e insignificantes, cuja significação só pode ser encontrada nas suas posições respectivas no interior de uma totalidade mais ampla. Assim, as canoas trobriandesas(...) são descritas em relação ao que as fabrica e utiliza, ao ritual mágico que as consagra, às regulamentações que definem sua posse, etc. Algumas transportando de ilha em ilha colares de conchas vermelhas, outras, pulseiras de conchas brancas, efetuando em sentidos contrários percursos invariáveis, passando necessariamente de novo por seu local de origem, Malinowski mostra que estamos frente a um processo de troca generalizado, irredutível à dimensão econômica apenas, pois nos permite encontrar os
significados políticos, mágicos, religiosos, estéticos do grupo inteiro” (LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia, São Paulo: Brasiliense, 2003, p. 84,85).
“Em Os Argonautas do Pacífico Ocidental, pela primeira vez, o social deixa de ser anedótico, curiosidade exótica, descrição moralizante ou coleção exaustiva erudita. Pois, é para alcançar o homem em todas as suas dimensões, é preciso dedicar-se à observação de fatos sociais aparentemente minúsculos e insignificantes, cuja significação só pode ser encontrada nas suas posições respectivas no interior de uma totalidade mais ampla. Assim, as canoas trobriandesas(...) são descritas em relação ao que as fabrica e utiliza, ao ritual mágico que as consagra, às regulamentações que definem sua posse, etc. Algumas transportando de ilha em ilha colares de conchas vermelhas, outras, pulseiras de conchas brancas, efetuando em sentidos contrários percursos invariáveis, passando necessariamente de novo por seu local de origem, Malinowski mostra que estamos frente a um processo de troca generalizado, irredutível à dimensão econômica apenas, pois nos permite encontrar os
significados políticos, mágicos, religiosos, estéticos do grupo inteiro” (LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia, São Paulo: Brasiliense, 2003, p. 84,85).
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